A antiga cidade romana de Ammaia, encontra-se no concelho de Marvão, distrito de Portalegre, mais concretamente na encosta sul da pequena vila de São Salvador da Aramenha, no vale do rio Sever.
Como parte integrante de Augusta Emerita; actual cidade Espanhola de Mérida e antiga capital da Lusitânia, Ammaia, era já no século. I d.C. considerada uma urbe organizada que geria de forma eficaz todo o seu território circundante, e que explorava todos os seus recursos naturais. Toda esta área era rica em pedras minerais, tais como o ouro, a prata, o chumbo, hematite, granito, quartzito, xisto, gnaisse e quartzo. A exploração local do quartzo puro ou cristal de rocha, era muito importante para a produção de vidro e jóias.
A sua fundação, resulta claramente de um projecto bem definido, destinado a estabelecer um ponto de povoamento que funcionasse como lugar central na exploração da terra e dos seus recursos naturais, e como ponto de confluência da rede de estradas que ligavam o interior e o litoral da Lusitânia, a qual terá certamente orientado o desenho da cidade.
Classificada como Monumento Nacional desde 1949, somente em 1994, e após a criação da Fundação Cidade de Ammaia, é que a área central da cidade, recebeu a protecção legal que hoje detém, tendo desde aí, os trabalhos arqueológicos de campo e as escavações, decorrido de modo contínuo!
As primeiras escavações, concentraram-se essencialmente nas áreas onde as ruínas visíveis indicavam claramente a presença de vestígios romanos.
Essas áreas, incluíam parte da muralha da cidade e a entrada meridional conhecida como Porta Sul, com a sua praça pública monumental e edifícios residenciais, parte de um complexo de banhos públicos e parte do complexo do fórum, onde o núcleo do pódio do templo, construído em opus caementicium; o típico betão romano, ainda era visível acima do solo! Além disso, procedeu-se à escavação integral de uma área residencial situada sob um edifício abandonado da Quinta do Deão, que agora alberga o museu monográfico, e de uma pequena área suburbana situada entre a cidade e o rio Sever.
Depois do século V, a cidade parece ter caído gradualmente no abandono à medida que as áreas habitadas diminuíam progressivamente.
Nos últimos 25 anos do século IX, quando os árabes conquistaram a região, a literatura antiga, relata a instalação do chefe Muladi Ibn Maruán na vizinha e estratégica fortaleza de Marvão, que a si deve o nome, vangloriando-se de ser o Senhor da Fortaleza de Amaia.
Alguns estudos existentes, levam a presumir que, à época, esta cidade romana, se encontrasse já totalmente abandonada!
Apesar disso, não deixa de ser curioso, o facto de muitos objectos que foram encontrados, aquando das escavações oficiais, e também ocasionalmente por agricultores ao longo dos tempos; se tratarem de objectos domésticos ainda bem preservados, que se encontravam cobertos por uma camada de lama, assim como quase toda a zona! Isto poderá apontar, para uma eventual catástrofe de origem natural, que levou a que a cidade, tivesse ficado subitamente soterrada, conduzindo-a ao seu fim ou ao seu declínio.
Este texto, faz parte de apontamentos recolhidos no local, bem como de pesquisas realizadas, citando parcialmente, as seguintes fontes:
Fica o registo fotográfico, acompanhado pelo vídeo oficial da fundação, e no final, as nossas habituais dicas e sugestões.
Ao visitar a região do Parque Natural da Serra de São Mamede, não pode perder as ruínas da cidade Romana de Ammaia, pois elas são parte integrante e fundamental da fundação e do povoamento desta região.
Nós não percorremos a área do parque em toda a sua extensão e beleza, pois gostaríamos ainda de ter revisitado Castelo de Vide, mais algumas aldeias, serras e cascatas para além daquelas que nos foi possível visitar!
Contudo, e ainda assim, deixamos aqui algumas sugestões, que podem consultar, para inspirar a vossa visita:
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