O Vale de Barris, é um dos ex-libris da região de Palmela, podendo-se considerar como um ponto bastante conhecido, para os habitantes da região.
Contudo, para quem vem de passagem, ou meramente com outro destino em mente desta região, o local pode passar completamente despercebido!
Situado em pleno Parque Natural da Arrábida, entre a Serra do Louro e a Serra de São Luís, neste verde vale, a ocupação humana é quase exclusiva a algumas herdades, repletas de oliveiras e vinhas; constituindo um perfeito testemunho, de que é possível um harmonioso equilíbrio, entre a ocupação das terras pelas pessoas e a preservação dos Patrimónios naturais e imateriais.
Por aqui, é possível estar escondido dos sons do rebuliço que passam ao redor, e desfrutar de um pleno contacto com a natureza, pois a magia envolvente, é verdadeiramente arrebatadora e convidativa a uma caminhada ou à simples contemplação.
Creio que a melhor forma de desfrutar, é precisamente a que eu optei; uma boa caminhada!
De mochila às costas, comecei o meu trilho num dos miradores da Vila de Palmela; concretamente, na Rua Hermenegildo Capelo, de onde é possível avistar o Vale em quase toda a sua extensão. Depois de passar o largo das camionetas, o caminho é sempre a descer ao longo da estrada que atravessa o vale, até se alcançar já em terreno plano, aquele que considero o primeiro ponto de paragem obrigatório: a bifurcação com a pequena estrada da ribeira. Aqui, para além de uma vista privilegiada sobre quase toda a Vila de Palmela e do seu magnifico Castelo, encontramos uns pacatos e muito afáveis burritos e cavalos, que fazem parte da Herdade e projecto, Terra Una; o qual, aposta em proporcionar rotas a cavalo em contacto com a natureza, com uma forte aposta neste Parque Natural.
Continuando o caminho durante mais cerca de 1500 metros, impõe-se a segunda paragem; desta feita, na Casa e Salão de Chá, O Gaiteiro; onde para além de um chá, pode desfrutar nos dias de Verão, de uma boa piscina.
Após esta paragem, basta percorrer aproximadamente mais 800 metros, para virar à esquerda no entroncamento e começar a subir a Serra de São Luís. Uma vez junto à Quinta da Escudeira, a vista ao redor, assume novamente magia; voltando-se para a Serra do Louro, é possível apreciar a cordilheira em toda a extensão, de onde se destacam os seus moinhos.
Como última etapa, no meu caso, decidi uma vez mais eleger a subida à cumeada da Serra do Louro; desta vez, não com o objectivo de percorrer o trilho dos moinhos (como já antes havíamos feito), mas em busca das formações graníticas que lhes servem de alicerces.
Voltando a descer para a Estrada do Vale dos Barris, e desta vez, um pouco antes do Salão de Chá, avista-se um trilho, o qual nos leva por trás da Quinta do teatro O Bando, até ao cimo da crista da serra. Bem, na realidade, o que eu procurava, não era bem a crista da serra, mas sim aquelas tão fantásticas formações rochosas, que havia avistado ao longe e que tanta curiosidade me tinham despertado!
Uma vez no alto, é preciso inventar ou improvisar um pouco, pois não existe um trilho propriamente dito, sendo necessário, repetidamente, subir e descer, para descobrir algumas verdadeiras pérolas do local!
Apesar do esforço, a singularidade e a magnificência das formações graníticas e areníticas ali existentes, são um espectáculo de rara beleza, que considero imperdíveis, e nas quais me senti como se fosse o primeiro homem a descobri-las!
Estava terminado o meu trilho e esta pequena aventura, bastando somente subir um pouco e percorrer ao longo do percurso dos moinhos, novamente em direcção a Palmela; contudo, não sem antes me dar tempo a me perder no tempo e uma vez mais, deixar voar os meus sentidos.
Para quem ainda não conhece, estacione no parque que antecede a entrada para o Castelo de Palmela ou nas traseiras e desfrute da primeira vista deslumbrante: a baía de Setúbal, a Cidade e grande parte do Reserva Natural do Estuário do Sado.
O castelo, com a sua vista de 360 graus e a Vila de Palmela, são também muito meritórios de uma visita, que se quer prolongada e onde pode apreciar um riquíssimo património cultural, arquitectónico e gastronómico de excelência.
Desça até ao mirador sobre o Vale de Barris, inspire-se e coloque-se a caminho da sua aventura.
Além dos pontos referidos na crónica, ficam mais alguns locais, que poderá querer visitar:
O Parque Natural da Serra da Arrábida, contém um Património natural inestimável. Ao longo dos últimos tempos, temos vindo a desenvolver um trabalho de pesquisa, recolha de imagens e filmes, pretendendo contribuir de alguma forma, para a sua divulgação, mas também e acima de tudo, para a promoção do seu potencial, numa vertente de turismo de natureza sustentável e responsável.
Entre alguns dos trabalhos realizados pelo Alma de Aventureiros, neste Parque Natural, poderá consultar aqui, os que já se encontram disponíveis:
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