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Rota da Sardenha – A Pérola do Mediterrâneo

Rota da Sardenha – A Pérola do Mediterrâneo

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Esta Rota da Sardenha que idealizámos, é uma forma muito económica de conhecer esta verdadeira Pérola do Mediterrâneo! Para além da imperdível experiência da travessia num ferry, semelhante a um navio de cruzeiro; durante 7 dias, percorremos estradas que nos conduziram ao longo da costa, por praias absolutamente deslumbrantes, parques naturais e também algumas das mais belas Vilas e Aldeias da ilha.

Saiba Como Ir Onde Comer Onde Ficar O que Visitar e Como Reservar.  

Neste artigo: Um breve RESUMO; a rota com NAVEGAÇÃO POR GPS e a CRÓNICA DE VIAGEM no DIÁRIO DE BORDO.

 

◊ RESUMO.

  • Distância da rota: Aproximadamente 1920 Klmts (deverá acrescentar o seu local de partida , mais os quilómetros da rota da Córsega, caso, como nós, pretenda fazer as duas).
  • Número de dias: 7
  • Número de etapas e locais visitados: 8
  • Total de despesas: (entre combustível, ferry, alimentação, estadias e actividades) – Aproximadamente 1600 euros.

 

◊ NAVEGAÇÃO GPS: 

Nas dicas de aventureiro, mais abaixo, encontrará como reservar e efectuar a travessia de Ferry desde o Porto de Barcelona ao Porto Torres, na Sardenha. 

◊ CRÓNICA DE VIAGEM:

O DIÁRIO DE BORDO ⇓ 

 

Sardenha …
Em tons de pastel dos seus casarios, areias brancas de praias sem fim, azuis turquesa de águas cristalinas e fragrâncias quentes de alecrim e rosmaninho.

 

Esta crónica de viagem, começa … diria, numa espécie de ensaio de pensamentos e palavras, quando eu apenas “rascunhava” as sensações que absorvia, pelos locais onde passávamos nas nossas viagens.

Creio que na altura, tirava apontamentos com o intuito de mais tarde, talvez quem sabe, compilar tudo e escrever algo, ou tão simplesmente, permanecerem como pedaços de memórias.

O mesmo se passava com as fotografias e pequenos vídeos; muitos registos com um simples telemóvel e outros com uma mera máquina compacta.

Mas, estava muito longe de imaginar, que algum dia iria tornar publico, tanto as palavras como as fotografias, muito menos, através de um blogue!

E foi assim, em mais um de entre tantos locais, que surgiram estes rascunhos sobre esta viagem à Sardenha …

Ah, e à Córsega também!

Mas já lá vamos.

A Sardenha, terá começado a fazer parte do meu imaginário por volta dos meus “vinte e tal anos”. Embora de forma um pouco imprecisa, recordo-me que ficou vincadamente marcada na memória, através de fotografias de uma revista de viagens e desde aí, nunca mais perdi o desejo de um dia visitar aquela ilha do Mediterrâneo, que me parecia resplandecer de pura magia.

Tinha o sonho; um sonho que me ocorria na mesma exacta medida, entre um enorme desejo e o “ … provavelmente, nunca o irei fazer … “.

Por algum motivo, que ainda hoje não sei explicar, e embora seja (logo ali) no Mediterrâneo, sempre me pareceu uma espécie de lugar longínquo. E não me refiro propriamente à distância, mas sim ao facto de talvez me parecer um mundo paralelo, daqueles onde só iam pessoas com iates, helicópteros particulares ou Rolce Royce!

Olhando agora para trás, é preciso perceber e recordar, que em finais dos anos 80 e na década de 90, ainda não existia a relativa (e acessível) facilidade de viajar, que existe actualmente. Não falo só dos preços, mas também da facilidade de acesso à informação global que nos trouxe a internet.

Hoje em dia, é possível tornar viagens do nosso imaginário em realidades e viajar para qualquer parte do mundo com pouco.

Basta apenas alguma imaginação e uma boa dose de espírito de aventura. Com estes dois ingredientes, consegue-se alcançar … TUDO.

Vamos então viajar até à Sardenha?

 

  • PRIMEIRA ETAPA: Palmela a Porto Torres (Sardenha).

Acordo com o som do despertador; são 4H30.

Depois de meses de planeamento e a contar os dias, que teimavam em não passar, finalmente chegou o dia … 2 de Setembro de 2017 … o início de mais uma aventura.

Pensava eu que era desta, que não iria precisar de nada para acordar, pois a excitação antecipada por mais uma viagem, talvez me levasse a saltar da cama antes do toque habitual. Mais uma vez, saiu-me o “tiro pela culatra”. Mas não foi só por acordar com o despertador … viro-me para o lado e … para não fugir à regra, já a Sofia estava a pé a rever os preparativos da viagem.

É assim, quase mais forte do que ela. E tenho que dar a mão à palmatória; ainda bem, pois eu com esta cabeça de sonhador sempre nas nuvens, se não fosse o facto de a Sofia fazer uma última revisão ao que falta e ao que não falta, muitas vezes saímos de casa quase de mãos a abana!.

O Hugo acorda com um salto da cama, como se não houvesse amanhã. Não só contente por ser mais uma viagem, mas principalmente, porque desta vez tem uma companhia muito especial do seu coração … a Avó Lúcia.

Pois é, desta vez, a Avó Lúcia veio ter connosco a Lisboa e será a sua primeira experiência de viagem numa auto-caravana; diria até, a sua primeira grande aventura de viagem.

Só dispúnhamos de 15 dias de férias, sendo que um dia estava reservado inteiramente para a ida, outro para o regresso e por fim, o último para descansarmos da viagem e reorganizar tudo, antes de voltarmos para o trabalho e o Hugo para a escola.

Assim, efectivamente, só tínhamos 12 dias, mas … e depois de muito reflectirmos sobre o assunto, simplesmente não conseguia visitar somente a Sardenha, sendo a Córsega literalmente, logo ali ao lado a quarenta minutos de travessia.

A Sofia dizia-me que podia ficar para uma próxima …

Uma próxima; o que dizer desta expressão?! Na realidade, para além da nossa vontade, da nossa determinação, acho que nada mais dominamos nesta vida … o tempo então; esse tempo que não para de passar por nós e vai sempre tão apressado …

Estávamos decididos, e optámos por visitar as duas ilhas, ficando 7 dias reservados para a Sardenha e os restantes 5 para a Córsega. Seria uma boa ou uma má opção? O final da experiência, assim o diria!

Pelo caminho até Barcelona, esperam-nos cerca de 1200 quilómetros e 12 horas de um dia de calor; mas o ânimo é muito, assim como a vontade de partir à descoberta de um novo destino.

Vamos até ao porto de embarque, onde nos espera um Ferry que partirá pelas 23H45, até Porto Torres na Sardenha.

Das inúmeras pesquisas que fui fazendo desde há uns meses a esta parte, sobre a melhor e a mais barata forma de visitar aquelas ilhas, acabei por descobrir e concluir, que uma vez mais, o melhor seria mesmo levar a nossa rodinhas e … mesmo a calhar; a partir de Espanha, não faltam Ferrys para quase todos e quaisquer destinos do Mediterrâneo que se possa imaginar.

Esta etapa é um pouco chata de se fazer, uma vez que é quase sempre em deslocação, mas o que nos esperava, colocou-nos a nós adultos, com a idade do Hugo, pois para todos, era enorme a expectativa de perceber como seria embarcar a caravana num navio e navegar no Mediterrâneo ao longo de outras 12 horas.

Estamos em Barcelona e aproxima-mo-nos do seu enorme porto de navios. Ao longe, é logo visível o parque de embarque repleto de todo o tipo de viaturas … deveras impressionante!

É sempre assim, por mais pesquisas que se faça, é preciso ver na primeira pessoa. Nem queria acreditar, que o que estava perante nós, era um Ferry! Aquele gigante, que mais se assemelhava a um autêntico navio de cruzeiro. Seria possível que todos aqueles carros, motas, caravanas e pesados camiões, fossem embarcar … e de que forma?

E lá vou eu meio a medo e expectante. A família já embarcou pelo acesso dos passageiros. Enquanto isso, viatura após viatura, chegou a vez de conduzir a rodinhas.

Sinto-me uma espécie de capitão de uma pequeníssima embarcação, prestes a sermos engolidos pela enorme boca de uma Moby Dick. Surreal. De fora nunca daria para imaginar. Logo após a entrada no primeiro e gigantesco piso de estacionamento, indicam-me para conduzir até ao terceiro andar, que estava reservado para a maioria das auto-caravanas. Sei agora que a rodinhas, à semelhança de todas as viaturas, ficará ali bloqueada com cintas.

Apresso-me em subir à recepção onde me encontro com a família, e pronto, lá fomos coscuvilhar tudo aquilo que nos esperava e tudo aquilo a que tínhamos direito.

As surpresas continuavam. Um quarto de quatro camas só para nós e ainda há disposição, um centro comercial, restaurantes, spa, casino e um enorme deck com piscina e bares incluídos … . O que era para ser, meramente uma forma de transporte, tornou-se em simultâneo, a nossa primeira experiência de cruzeiro no Mediterrâneo.

A grande vantagem de a viagem ser feita durante a noite, é que depois de tantas horas a conduzir, estava mesmo a precisar de uma noite de repouso absoluto para no outro dia, estar prontinho para o que nos esperava.

E que maravilha … adormecermos embalados pela suave e quase imperceptível, ondulação do Mediterrâneo!

 

  • SEGUNDA ETAPA: Porto Torres e Alghero

Depois de uma noite bem passada e um bom pequeno-almoço, as energias estavam recarregadas. Agora, nada melhor do que subir ao convés e nos deixarmos deslumbrar com um mar de um azul turquesa sublime. Aos poucos e ao longe, começámos a avistar o nosso destino.

Efectivamente prometia. Lá estava a enorme ilha da Sardenha … a pérola do Mediterrâneo.

Formada por uma cordilheira central, pelo lado que nos aproximamos é quase indecifrável perceber que, esta ilha tem cerca de metade do território de Portugal. Vista do navio, assemelha-se a uma serra da Arrábida quase sem fim, a perder de vista. Mas sei que o que nos espera do lado oposto, é um conjunto montanhoso, que de forma suave, irá dar lugar a áreas costeiras quase planas e repletas de extensas baías.

Estamos na pequena vila de Alghero. A hora do almoço aproximava-se e como é hábito nestas viagens, desde há muito que aprendemos, que os melhores locais para se escolher o que há de mais típico, melhor para comer e mais barato, é sempre nos mercados tradicionais.

Compras feitas e estava na hora de procurar o La Mariposa; o nosso primeiro parque de campismo, que daria lugar para além da estadia, a alguns momentos de lazer na praia.

E assim terminou o primeiro dia com um jantar a contemplar um fogoso Pôr-do-Sol, sobre a Baía de Alghero!

 

  • TERCEIRA ETAPA: Bosa – A vila em tons de pastel.

Estávamos apostados em visitar os locais menos turísticos, pelo que Cágliari, a “capital” da Sardenha, não tinha sido contemplada nos nossos planos. Não porque não merecesse a pena (creio que até seria quase obrigatório), mas tivemos que fazer opções.

E sinceramente, logo ali na nossa segunda eleição deste trajecto; Bosa, superou todas as nossas expectativas!

Esta vila piscatória, é contemplada pelo único rio navegável da Sardenha.

Da costa, não é logo visível … aliás, é até quase imperceptível a sua tão rara beleza! É preciso seguir a estrada ao longo do rio para então, e ainda antes de se atravessar a velha ponte romana, simplesmente a contemplar. E nada melhor que a hora a que chegámos … mesmo quando o Sol descia sobre o horizonte!

Não sei se foi da hora, se dos tons que os Sardos deram às casas ou tão somente da minha forma de olhar, mas descrever todas as sensações ali sentidas naquele momento, é-me inteiramente impossível.

Se me fosse possível descrever Bosa, teria que ter a capacidade de expressar palavras através de um pincel, e depois, seleccionar cuidadosamente cores quentes e misturá-las com outras mais frescas, e ai, talvez conseguisse obter os meus tons de pastel suaves para me atrever a pintar sobre uma tela, aquele velho casario, que pende da pequena encosta do castelo e que se refresca no rio.

Para terminar o quadro, teria que o rematar com as redes dos pescadores e o salpicar aqui e ali, em representação do seus muitos e coloridos vasos feitos de latas, que dão vida às flores que pendem das paredes e dos beirais.

O dia terminava na praia da Marina de Bosa com o mar ali … bem junto aos nossos pés!

 

  • QUARTA ETAPA – Península de San Giovanni di Sinis.

Continuamos a nossa descida rumo ao Sul em direcção a Oristano. Para hoje, havíamos reservado um dia inteiramente dedicado às praias daquela zona. Planeámos dar uns mergulhos antes e pós almoço em dois locais distintos.

Corro o risco de me repetir, mas a verdade, é que descrever tudo isto, é quase uma missão impossível!

Percorremos agora uma praia, que nos parece tirada directamente de um qualquer conto de fadas ou do nosso imaginário de praias do paraíso. Pisamos pequeníssimas e redondas pedras, que variam entre cores de marfim e outras transparentes e multicolores, que reflectem a luz do Sol!

Logo ali na baía ao lado, as praias de Las Arutas e Maimoni. Estamos em plena área marítima protegida da Península de San Giovanni di Sinis.

Descemos um pouco mais para logo a seguir ao almoço, sermos contemplados com a vista sobre o “braço” da Península e a sua área arqueológica de Tarros. À direita, a praia de São Marcos e à esquerda a extensa baía, que apelidaram de Mar Morto. Dou por mim a pensar, como será possível as praias do lado oposto, ainda nos surpreenderem mais do que as desta costa?

 

  • QUINTA ETAPA – Costa Rei

Atravessámos para o lado Este e chegámos ao Sul da Sardenha. Estamos em pleno Mar Tirreno.

Paro a caravana e saio … simplesmente contemplo o cenário. Do outro lado deste mar imenso de águas quentes e calmas e a poucos quilómetros, a Tunísia no Continente africano e à nossa frente, a costa de Nápoles e a Sicília … sinto-me extasiado!

Estamos numa praia com uma imensidão de areia a perder de vista, ou não se chamasse este parque de Le Dune. Soberbo.

Por aqui, vamos ficar dois dias. Ao contrário da noite passada, que pernoitámos numa área de lazer, em frente à praia de Tinha pensado em experimentarmos algumas especialidades de pratos típicos, mas para pouparmos uns trocos, optei por tentar recriá-los e sinceramente … (diz a família), que até nem me saí nada mal. E que tal uma espécie de mistura entre Bottarga e Fregula!? Na realidade, resultou num semelhante a massada de marisco do Mar Tirreno, uma salada, vinho, pão e queijo. Tudo local.

 

  • SEXTA ETAPA – La Cinta.

Saímos do parque de campismo Le Dune, logo pela manhã. Pelo caminho, impôs-se uma paragem na Vila de Arbatax, tendo o almoço direito a vistas sobre mais uma belíssima baía.

Já quase ao final da tarde, heis-nos chegados a mais um dos pontos altos desta viagem … algo que eu ainda só tinha explorado em fotografias, antes de embarcarmos nesta aventura. Começamos a descer a serra e bem à nossa frente, surge-nos um local mágico … La Cinta.

Uma baía surreal, com uma cintura de areia branca com cerca de 4 quilómetros de comprimento, que constitui a ténue separação, entre um lago de água doce e o mar.

Para já, ficava só o vislumbre, pois a fome já começava a dar horas e tínhamos que procurar um parque de campismo para o “cozinheiro inventor”, tentar recriar mais um prato da zona. E desta feita, uns belos Mujes grelhados a acompanhar com os restantes sabores e intensos aromas da Sardenha … o característico pão carasau, um queijo de cabra, uma bela salada de tomate polvilhada com alecrim, rosmaninho, um divinal azeite e um excelente vinho branco. Um manjar digno dos Deuses. Aliás, como quase toda a alimentação tão rica e saudável desta ilha.

Na manhã seguinte, e sim, logo bem cedo, por algumas horas, desfrutámos de uma praia só para nós, numa baía onde é possível entrar centenas de metros, mar dentro, sem perder o pé; mas subitamente … algo que nunca tínhamos assistido … a praia foi literalmente invadida por vendedores de praia com uns carritos, que transformaram a paradisíaca praia, num autêntico mercado ambulante! Bom, à boa moda portuguesa, lá acabámos por regatear umas mantas.

 

  • SÉTIMA ETAPA – Costa Dourada (La Tavolara e Porto Servo)

Já estamos a caminho do Norte. Pelo caminho, a paragem obrigatória em La Tavolara e Porto Servo; mais uns mergulhos e mais umas refrescantes cervejas Icnusa, feitas à base de castanhas.

 

  • A DESPEDIDA.

A nossa aventura por terras da Sardenha, aproximava-se do fim; mas não nos podíamos despedir desta terra, sem uma visita ao Parque Natural do Vale de La Luna, o qual é constituído por formações rochosas muito peculiares.  Ali, ao final do dia, consegue-se desfrutar de um pôr-do-Sol de excelência!

Estava na hora de embarcarmos à descoberta da Córsega, e honestamente, esta era uma travessia que eu ainda não tinha pesquisado, nem tinha nenhumas certezas; logo, tínhamos que nos apressar por encontra o porto de embarque, saber as horas das ligações e comprar os bilhetes.

Para trás, ficavam sete dias de intensos deslumbramentos dos sentidos, numa ilha absolutamente deslumbrantes, que nunca esqueceremos.

Vamos embarcar e esperamos estar aqui de volta, dentro de seis dias.

 

DICAS DE AVENTUREIRO.

 

Uma forma muito prática, barata e semelhante à nossa (para quem não possuir auto-caravana), é ir de carro.

Tente fazer a comparação entre os valores de um aluguer local e os custos de levar a sua viatura num Férry, mais o que irá gastar em média de combustível! Convém ressalvar que, na Sardenha existem, aquilo que eles designam por super-estradas; uma espécie de autoestradas, contudo sem portagens, que percorrem quase toda a ilha.

Também poderá considerar, alugar uma “mini-van”, ou seja, uma pequena carrinha e consoante o seu agregado familiar, poderá ser só com dois bancos ou quatro, de forma a que fique espaço para colocar um colchão e/ou equipamento de campismo e ir percorrendo a ilha de parque em parque de campismo, pois a Sardenha, dispõe de muitos, bons e a óptimos … a EXCELENTES … preços.

Outra forma interessante de descobrir a ilha, é com o trenino verde! Um comboio a vapo,r reposto ao serviço com locomotivas e carruagens renovadas, que percorre as áreas mais selvagens. Apesar da lentidão, oferece aos passageiros, vistas magníficas impossíveis de ver das estradas principais.

Existem muitas ligações de Ferry. Poderá optar entrar pela Córsega, caso queira visitar as duas ilhas e depois de a percorrer, efectuar a travessia para a Sardenha

Neste caso, tem ligações desde Marselha e Nice, ambas em França

A nossa opção (estou plenamente convicto que foi e é a melhor), desde Barcelona para Porto Torres. E aqui, convém lembrar que o Ferry fica mais caro do que em Nice, mas não se pode esquecer que vai percorrer muitos mais quilómetros de carro, cansar-se muito mais em mais hora, mais combustível e mais portagens que no Sul de França, são caríssimas. Partindo de Barcelona, são 12 horas de total descaso. Pense nisso!

Por último, o preço médio dos bilhetes de Ferry por pessoa, são equivalentes aos preços das companhias aéreas de Low Cost.

 

Escolhemos a melhor relação qualidade – preço, baseado na nossa experiência e/ou pesquisa. Ao reservar através das nossas ligações, não paga mais por isso e nós obtemos um contributo dos parceiros afiliados, conseguindo assim dar continuidade à existência deste Blogue.

 

∇ RESERVAR FERRY:

Ferry da Grimaldi Lines – DIRECT FERRIES

∇ RESERVAR AVIÃO:

Aeroportos na Sardenha

 

EM ALGHERO

∇ Onde ficar:

Em Autocaravana / Camping Bangalow:

Alghero – Camping La Mariposa

 

EM BOSA

∇ Onde ficar:

Em Hotel / Alojamento local:

 Bosa . Villagio Turas

Em Autocaravana:

Uma área muito tranquila, com vista de mar de primeira linha.

Área Estacionamento Autocaravanas de Bosa

 

EM SAN GIOVANNI DI SINNIS

∇ Onde ficar:

Em autocaravana:

 Estacionamento sem assistência

 

EM COSTA REI

∇ Onde ficar:

Em autocaravana:

Um excelente parque de campismo com boas infraestruturas e óptima relação qualidade preço. Acesso directo às praias. Dispõe ainda de Bungalows. 

Costa Rei – Camping Le Dune

 

EM LA CINTA

∇ Onde ficar:

Em autocaravana:

Um parque de campismo com boas infraestruturas e boa relação qualidade preço. Acesso directo às praias. Dispõe ainda de Bungalows. 

San Teodoro – La Cinta – Camping

 

CURIOSIDADES SOBRE A SARDENHA.

∇ Pratos típicos imperdíveis da Sardenha:

A cozinha da Sardenha evoluiu de forma peculiar e ainda conserva muitas das suas características antigas. Alguns pratos típicos são:

Culingiones — Uma versão local de ravioli sem carne. O recheio é uma mistura harmoniosa de acelgas, queijo de ovelha Pecorino Sardo, noz-moscada e açafrão. Por vezes acompanha-se com molho de tomate e carne picada.

Culurzones — Outra espécie de ravioli recheados com uma mistura de batata, cebola, sêmola e noz-moscada.

Malloreddus Sardi — Uma massa de farinha de sêmola, em forma de pequenas conchas.

Porceddu ou Porchetto —  Leitão assado em covas feitas cheias de brasas e cobertas com terra ou grelhados no espeto sobre um fogo de murta. É temperado com sal, pimenta, louro, muito alho e murta, podendo também ser demolhado em filue ferru, uma aguardente local.

Pane carasau — Tipo de pão em forma de disco de massa crocante. O ruído produzido ao mastigá-lo está na origem do nome carta música. É feito à base de farinha de sêmola, trigo ou cevada e levedura de cerveja. Por ser de longa duração, era e ainda é, muito adequado como alimento para pastores.

O prato principal das festas é o churrasco de carne, geralmente temperado com murta. Além do Porceddu, também se fazem churrascos com borrego, cabrito e javali.

∇ História e cultura:

Com uma extensa linha costeira de 1 849 km, a Sardenha durante muito tempo foi considerada a maior ilha do Mediterrâneo, quando na realidade é a segunda em área, atrás da Sicília. A maior parte da costa é alta e rochosa, com troços longos e relativamente direitos, com muitos cabos imponentes, algumas baías largas e profundas, existindo numerosas ilhotas e ilhas menores.

O território é predominantemente constituído por montanhas e colinas com altitudes geralmente entre os 300 e os 1 000 metros. O maior maciço montanhoso, o Gennargentu, encontra-se na parte centro-oriental da ilha e tem o seu ponto mais alto, a Punta La Marmora com 1834 metros. Outras montanhas importantes são o monte Limbara, no nordeste, o monte Rasu no maciço de Marghine e Goceano, o monte Albo no maciço de Sette Fralli no sudeste e no sudoeste, o monte Linas e os montes Sulcis.

As áreas montanhosas e planaltos estão separados por extensos vales aluviais e planícies, sendo as mais importantes as de Nura, a noroeste, e de Campidano, a mais extensa, no sudoeste, entre Oristano e Cágliari.

Os principais rios são o Tirso, com 151 km, o Flumendosa, com 127 km, e o Coghinas, com 115 km. Existem pelo menos 54 barragens que são usadas para irrigação agrícola e produção de eletricidade. O único lago natural de água doce é o de Baratz, no noroeste, perto de Alghero. Existem várias lagoas de água salgada pouco profundas ao longo da linha costeira.

De todas as ilhas, o arquipélago de La Maddalena, revela-se como o mais importante, pois é quase imperdível como destino turístico, pela sua rara beleza; se é que é possível suplantar o resto da Sardenha!

No passado, tanto a Sardenha como a Córsega estavam ligadas ao continente europeu pela placa euroasiática. Devido ao efeito da deriva continental, ambas as ilhas separaram-se do continente no período oligocénico, há cerca de 30 milhões de anos.

Contrariamente à Itália continental e à Sicília, a Sardenha não é propensa a sismos.

O clima é mediterrânico, com temperaturas geralmente suaves, até mesmo no inverno, com primaveras e outonos quentes, verões que podem ser muito quentes, chegando mesmo aos 45 graus centígrados, o que é propício à ocorrência dos incêndios frequentes. Em contrapartida, as temperaturas mais baixas nunca são inferiores a 0 graus.

O vento dominante é o tão famoso Mistral, que sopra de noroeste durante praticamente todo o ano, principalmente no inverno e primavera, por vezes com bastante intensidade, sendo geralmente frio e seco, tem um efeito refrescante.

A temperatura média anual é muito constante e estável na generalidade. Ao contrário da vizinha Córsega, a chuva é escassa e as secas são frequentes. Os dias de Sol, ocorrem praticamente todo o ano, concentrando-se a chuva predominantemente no outono e inverno, com chuvas intensas na primavera.

No centro da ilha o clima é mais rigoroso, chegando a ocorrer neve no inverno. No Sul, a seca pode durar vários meses, à semelhança do norte de África, ali tão próximo.

Um dado curioso, é que a Sardenha, é o local do mundo com maior concentração de homens com mais de 100 anos, facto esse, que segundo estudos científicos, poderá estar relacionado com o clima, alimentação e cruzamentos nas descendências.

As cidades mais importantes, são gliariSassari, Quartu Sant’Elena e Ólbia, sendo estas que dividem a Sardenha nas suas quatro províncias.

Algumas das espécies raras ou incomuns que se encontram na ilha são, a foca-monge ou lobo marinho, cavalo de Giara, que é uma raça autóctone e a única selvagem da Europa; o Burro albino ou burro branco, o Muflão-sardo, que é uma espécie de carneiro selvagem; o Veado-da-Córsega, o Javali, o falcão-da-rainha, o açor, Pato-de-rabo-alçado, Sylvia sarda, um ave passeriforme; a Doninha, o Golfinho-comum, o Pica-pau-malhado-grande, o Chapim-real, o Tentilhão e o Gaio-comum ichnusa, que não perguntei, mas creio que será o que dá nome à famosa cerveja da ilha … a Ichnusa!

A partir do século VIII, os árabes e berberes realizaram várias razias à Sardenha, o que contribui para enfraquecer a autoridade de Bizâncio sobre a ilha, cujo governador assumiu uma autoridade independente.

Para melhor defesa da ilha, este dividiu a ilha em quatro judicadosGalluraLogudoro, Arbórea e Caralis.

Em 851, esses territórios já eram quatro monarquias independentes que por várias vezes caíram no poder de Génova, Pisa e árabes.

Com diversos sobressaltos, os giudicatis sobreviveram até ao fim do século XIII, altura em que passam a ser territórios controlados pelas repúblicas marítimas italianas de Pisa e Génova, à exceção do giudicato de Arborea, que permanece independente até 1410 e autónomo até 1478, ano em que é definitivamente conquistado pelos catalães do reino de Aragão.

Em 1297 é formalmente criado pelo papa Bonifácio VIII o Regnum Sardiniae et Corsicae como feudos ao reino de Aragão. Os aragoneses (catalães) só iniciam a conquista efetiva da ilha no século XIV, a qual só terminaria em 1409.

Os aragoneses e catalães só abandonariam a Sardenha no início do século XVIII, altura em que passou para a posse do Sacro Império Romano-Germânico. Em 1718, passou para a posse da Casa de Saboia, os governadores de Piemonte, passando o duque de Saboia a usar o título de rei da Sardenha a partir de 1720. Apesar disso, o território manteve-se autónomo até 1847. Em 1848 estalou a guerra de independência e unidade italiana, a qual foi liderada pelos rei do Piemonte-Sardenha. O reino do Piemonte-Sardenha torna-se o Reino de Itália em 1861.

As línguas mais faladas na Sardenha são o italiano e o sardo, uma língua românica claramente distinta do italiano, mais próxima do latim, com influências do fenício, do etrusco, doutras línguas do oriente próximo e inclusive do basco. Embora esteja em decréscimo de falantes, principalmente os jovens de Cágliari, para o italiano, devido a razões oficiais, ainda é muito falada. Cerca de 85% da população compreende o Sardo, existindo cerca de 9% que não fala italiano, embora este número esteja em decréscimo. Praticamente todos os Sardos são bilingues e usam o italiano e pelo menos outra língua. Mais de um milhão de habitantes fala ao menos uma variante do sardo.

 

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