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Valada – Como numa Ode ao Tejo

Valada – Como numa Ode ao Tejo

Valada - Ribatejo - Tejo - Rio Tejo - Cartaxo - Portugal

|Valada – Como numa Ode ao Tejo – Ao Longo do Tejo – Praias e Recantos de um Rio de Encanto|

 

Já percorri muitos recantos das margens do Tejo e, no entanto, este rio, não deixa de me surpreender! Apaixono-me pelo seu encanto.

Compreendo-o agora, como nunca antes; nos seus locais mais improváveis, nas suas vilas, nas suas aldeias, nas sua gentes, tradições, culturas e modos de vida.

Vou em busca de um local onde nunca estive … Valada; dizem-na do Ribatejo!

 

Passo uma ponte quase esquecida; não por quem dela precisa e com ela convive, mas por quem passa distante e com pressa, sem se dar conta da sua presença.

Não está escondida, está apenas tão somente, situada num outro tempo!

Esta centenária ponte de ferro, baptizada como Rainha Dona Amélia, foi construída num tempo, em que o tempo corria devagar, e é com vagar que a aprecio e atravesso o seu ainda impressionante comprimento, que permite desfrutar o Tejo, de forma ímpar.

São terras fortes, férteis, grandes e magnificas; estas que o Tejo dá de beber.

 

Não basta entrar em Valada; diria até que, não basta percorrer as suas ruas! Creio que é preciso vir aqui …  mesmo junto ao cais. Parar, respirar fundo e olhar ao redor para absorver o encanto desta localidade.

Valada, é assim como uma espécie de um cântico ao Tejo. Talvez entoado pelas suas gentes, que ao longo de milhares de anos, se apaixonaram por este rio! E é fácil perceber o porquê.

Esta Ode, é um equilíbrio constante, mas nem sempre harmonioso, onde por vezes o Tejo parece colocar à prova, quem por ele se apaixonou e nunca daqui saiu. Quando as suas águas crescem, as gentes de Valada protegem-se com o seu dique há muito erguido, onde depositam a esperança e a fé, em que o rio fique do outro lado … onde deve estar.

O Tejo, parece sempre agradecer e retribuir esta paixão, pois continua a dar o sustento a estas terras e a maravilhar quem aqui vive e quem por aqui se detém, como eu!

Percorro agora, as coloridas ruas de Valada, onde nos lugares sombreiros, as conversas se misturam entre as lides das terras e o peixe que o rio ainda oferece.

Subo ao dique e percorro-o. Chama-me a atenção, algo em particular que eu já não via, desde os meus tempos de criança … uma muito antiga bomba de água; aqui, imaculadamente bem preservada.

Por fim, sento-me na esplanada do Beira Tejo. Como não podia deixar de ser, peço uma sopa da pedra e um copo da região. O tempo, para mim, deixou de correr em frenesim e desligo-me para me ligar somente a este simples momento. Vem agora uma imperial e um pastel de bacalhau … tudo a preceito; pois o momento … dou por mim a pensar … poderia lá ser mais perfeito!

 

Valada, dizem-na do Ribatejo … eu digo-a bela e uma Ode ao Tejo.

 

 

DICAS DE AVENTUREIRO.

Apesar de se tratar de uma pequena localidade, Valada é repleta de história e cultura e com uma riquíssima variedade gastronómica. Acima de tudo, é um convite a quem quer repousar e apreciar o que de melhor o Tejo tem para oferecer.

Percorra as suas coloridas e floridas ruas, suba ao dique e aprecie uma parte do Percurso do Ribatejo, que ali coincide com o Caminho de Fátima, para quem vem de Lisboa e também com o Caminho de Santiago.

Detenha-se na Bomba de Água, pois já não há muitas para apreciar.

Não deixe de visitar a Igreja Matriz que, apesar do seu restauro que, dizem, ter-lhe retirado a sua beleza exterior, continua muito digna de ser apreciada no interior.

Em tempos, Valada possuiu um belíssimo Parque Fluvial, com várias actividades náuticas; agora, infelizmente fechado.

Uma das melhores formas de contemplar o Tejo, é num cruzeiro que pode ser proporcionado, através da Promatur e delicie-se com um Pôr-do-Sol fantástico, podendo ao longo do percurso, visitar a aldeia Avieira da Palhota, que já documentei na crónica Ainda Existem Avieiros no Tejo e Escaroupim, na outra margem do rio. Aprecie ainda os cavalos lusitanos das lezírias, a Ilha das Garças, bem como a restante e riquíssima, fauna e flora do Tejo.

A Ponte Rainha Dona Amélia, é mais um local imperdível. Uma vez aí, visite Porto de Muge.

🚗 COMO IR: Localização GPS – Valada

Como chegar: Desde a Azambuja, através da EN3 que liga a Valada; desde o Cartaxo, pela EN114. Se optar pela margem sul, através da EN118, passando pela ponte Rainha D. Amélia, ou ainda de barco, desde a aldeia do Escaroupim.

🍴 ONDE COMER: Beira Tejo

🏨 ONDE FICAR:

Em alojamento

 Quinta das Palmeiras

Em autocaravana

Parque de Estacionamento / Pernoita (local muito agradável, mas sem assistência).

 

Esta, é a penúltima crónica sobre o Tejo. Última paragem; Lisboa.

⇐ Crónica anterior

Tancos – A Aldeia Florida do Tejo.

Última crónica ⇒

Lisboa

 

 

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