Serpa, é uma daquelas terras alentejanas, onde ainda persistem e subsistem os verdadeiros sabores, os saberes e as tradições do Alentejo.
Repleta de lendas, talvez a que melhor ilustra a figura da Serpe do seu Brasão, seja aquela que nos narra a existência de uma alada e forte serpente, que viveria nas margens do rio Ana, que agora conhecemos por Guadiana! Esta serpente, e sempre que a povoação se encontrava em perigos, acudiria em seu auxílio. Certo é que, Serpa, apesar de muito cobiçada pelas suas belas e muito férteis terras, conseguiu contudo, manter a sua beleza, ao longo de inúmeras e destrutivas batalhas.
Em paralelo às suas lendas, corre com as águas do seu Guadiana em tempos ali, bem navegável, histórias de navegadores fenícios, cartagineses, romanos e muçulmanos, que chegavam de barco, em busca de cobre, estanho e outras riquezas da região.
Conquistada aos mouros por Dom Afonso Henriques e perdida diversas vezes nas constantes lutas da reconquista, acabou por ser definitivamente constituída como concelho, por Dom Dinis, que mandou reconstruir o seu castelo, bem como amuralhar o casario.
E foi precisamente, através da mais icónica entrada da sua muralha, que demos início ao nosso percurso, e à boa maneira das gentes do Alentejo … com calma … percorremos as suas ruas.
A Igreja de Santa Iria, a Torre do Relógio, o Palácio dos Condes de Ficalho, o Convento do Mosteirinho, as igrejas de Santa Maria e a de São Francisco, os Museu do Relógio e o Etnográfico e como não poderia deixar de ser, o Castelo com as suas imponentes muralhas e o lindíssimo Aqueduto.
Mas estes, não são os únicos marcos históricos da pequena cidade, pois é também nos mais simples pormenores, que percebemos estar perante um verdadeiro retrato de Portugal! Um retrato antigo, mas bem preservado; como num tão tradicional batente de porta em forma de punho, nas suas paredes caiadas, nos beirais e acima de tudo; nas suas afáveis gentes.
Não poderíamos abandonar Serpa sem nos deliciarmos com alguns dos seus principais pitéus!
E foi o que fizemos. Um pouco de tasco em tasco, de loja em loja, em forma de degustação … fomos depenicando.
As imperdíveis Migas, a Açorda, o Borrego à Pastora, a Sopa Fria de Tomate Pisado ou Lavadas, a Vinagrada, as Masmarras, o Grão com Alho e Louro, a Surra-burra, a Caldeirada de Peixe do Rio, os Espargos e como não podia deixar de ser, o tão afamado pão, o queijo e os seus excepcionais vinhos.
📸 Serpa – Terra de sabores, saberes e tradições | Foto reportagem.
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