Praia Doce – Salvaterra de Magos – Ao Longo do Tejo, por Praias e Recantos de um Rio de Encanto.
Percorremos as terras fortes e férteis do Ribatejo, ao encontro de uma pequena praia escondida em Salvaterra de Magos.
Depois de passarmos pela Vila e sairmos da estrada nacional, entramos num percurso de terra batida por entre quintas, que nos leva de novo ao encontro do rio.
Estamos na Praia Doce, em mais um belo recanto do Tejo.
Como zona balnear, o espaço carece de manutenção, pois parece ter sido esquecido no tempo, pelas entidades que o deveriam potenciar, nomeadamente, ao nível da reposição do areal e de todas as estruturas de apoio, encontrando-se algumas desactivadas e, outras, a precisarem de modernização. Ainda assim, a sua beleza natural, faz deste pequeno recanto, um local que merece ser visitado e apreciado!
O Tejo que se assemelha a um mar, já ficou para trás, ficando também, a constante das marés que inundam o seu grande estuário e nos transmitem a sensação de um rio quase imortal, que se renova sem que tenhamos que reflectir sobre isso! Os hábitos dos corrupios diários, quando o atravessamos, não deixam tempo para o admirar em toda a sua beleza e extensão.
Aqui, as Lezírias que parecem infindáveis, dão lugar a um Tejo diferente. À medida que vai estreitando e, cada vez mais longe da influência do mar e das pessoas, a sua fragilidade, contrasta agora com a paisagem que o envolve e que ele próprio criou ao longo de milhares de anos.
Aqui, a natureza abraça-nos e convida-nos a entrarmos no mais belo dos seus santuários. O corredor central, são as águas do Tejo, ladeadas pelos Salgueiros-chorões que se dobram numa vénia de luz e sombras, e como numa marcha nupcial, somos recebidos com a melodia das brisas ligeiras e os cânticos das Garças.
Ao deitar do Sol, os Pirilampos dão lugar ao seu errante espectáculo de pontos de luz, como se desafiassem as estrelas e a lua que brilham lá do alto, para brincarem às escondidas, neste mágico crepúsculo.
A nossa noite já tem reserva marcada, nesta doce praia do Tejo.
Despedimo-nos com a décima crónica sobre o Tejo. Próxima paragem: Escaroupim.
Conhecer, amar e enaltecer Portugal.
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